Quem sou eu? Uma das cartas que me escrevi…

As vezes menina, as vezes mulher. Feliz, expansiva, faladeira e alegre, que gosta do silêncio e quietude na natureza. Agradecida a Deus pelos caminhos que ele a permitiu traçar, e dos sucessos constantes. Apaixonada pela vida e as mil perspectivas possíveis nela. Brincalhona, de trejeitos e imitações gosta de fazer o outro feliz, gosta de sorrisos, mas hoje não a todo custo, não ao custo dela.

Luz, Luz, Luz! E ela sabe que é na luz que ela prospera, que é na luz que ela vigora e cresce para fora. Porém sabe que sua sombra a acompanha, e que com compaixão e carinho vai olhando esse pedaço dolorido de sua existência ou o que o fez doer.

A menina dolorida e a mulher corajosa se confundem com a espontaneidade da menina e o medo da mulher.

Sou tudo isso, cada dia cuidando de algo, acolhendo uma, sendo eu, seguindo, procurando ser fiel a mim, ao meu desejo, aos meus princípios, as minhas dores e curas, a quem sou hoje, e nem sempre serei amanhã.

Vivendo a vida de forma curiosa, compassiva, presente, sem pressa, pois não tenho lugar nenhuma a chegar. Tenho o hoje, eu sou o meu hoje.